Rodrigo Maia diz que eleições não podem atrasar o Renda Cidadã

Rodrigo Maia diz que eleições não podem atrasar o Renda Cidadã
Rodrigo Maia diz que eleições não podem atrasar o Renda Cidadã

Rodrigo Maia diz que eleições não podem atrasar o Renda Cidadã.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a decisão do governo em adiar para depois das eleições municipais, a discussão sobre o novo programa social, o Renda Cidadã, que terá implicações no teto de gasto, que limita o crescimento das despesas à inflação.

Segundo Maia, a situação do orçamento da União é dramática.

>>Renda Cidadã: líder do governo espera apresentar projeto antes das eleições

“Quem estuda com cuidado o orçamento vai pedir a antecipação desse debate antes das eleições porque, sem dúvida nenhuma, a nossa situação do orçamento público é dramática. Não é possível que a eleição possa e deva atrasar um processo que é fundamental para todos os brasileiros, principalmente os que vão votar nos prefeitos, que vivem nas cidades” disse Maia em entrevista à GloboNews.

“É importante que o governo federal sinalize de forma clara que vai manter o teto de gastos e que vai organizar o teto de gastos” acrescentou Maia.

>>Renda Cidadã: desconto de 20% do IR pode acabar para bancar o benefício

Ele destacou que o governo terá dificuldades para cumprir o teto porque há despesas que crescem acima da inflação, o que restringe o espaço para fazer investimentos. Nesse momento, a urgência do programa social é muito maior, disse.

Maia disse que não será candidato à reeleição à presidência da Câmara justamente para ajudar na tramitação dos projetos, independentemente da decisão do Judiciário em relação a essa questão. Ele defendeu a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê o acionamento de gatilhos para conter a expansão do gasto público.

>>Guedes confirma Renda Cidadã após eleições: ‘Quem dá o timing é a política’

Além disso, chamou a atenção para a necessidade de melhorar a qualidade do gasto público, revendo inclusive o abono salarial (PIS) e seguro defeso, pago a pescadores. A medida é defendida pela equipe econômica, mas enfrenta resistência do presidente Jair Bolsonaro que já disse que não vai tirar de pobres para dar a “paupérrimos”.

Já a criação do imposto sobre transações, proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi criticado indiretamente por Maia:

“No nível de despesas que nós temos, uma carga tributária chegando a 35% do PIB (Produto Interno Bruto), nós precisamos fazer esse país crescer para ter crescimento, inclusive, de arrecadação que não seja vinculado ao aumento de carga tributária.”

>>Renda Cidadã: Governo mantém plano de usar precatórios e Fundeb

Fonte: Economia iG