Pente fino do INSS usa recurso avançado para recuperar R$1 bilhão em pagamento indevidos

O Instituto Nacional do Seguro Social(INSS) desde o final do ano passado está realizando um filtro nos salários concedidos. O chamado pente fino do INSS faz a análise dos benefícios e em parceria com outros órgãos está utilizando recursos avançados para as avaliações.

O pente fino do INSS está fazendo um cruzamento de dados em conjunto com o Sistema de Verificação da Conformidade da Folha de Pagamento de Benefícios, para identificar os benefícios que são fraudados ou que estão sendo pagos de forma indevida depois do óbito dos beneficiários, ou seja, os salários que permanecem mesmo que o trabalhador já tenha falecido.

Este trabalho possui também a possibilidade de além de apontar os dados exatos entre titulares de benefícios e os falecidos, mas também possibilita a identificação batimento similar, ou seja, o nome do titular ou da mãe do titular muito parecidos.

Utilizando este recurso avançando, o índice de acerto do trabalho foi segundo o órgão de 97%, ou seja, foi um número de benefícios que foram alvos de cessação e não foram reativados.

A verificação dos benefícios, pagos pós-óbito, também identificou o valor estimado e que teoricamente serão devolvidos para o INSS. Isso deverá ser feito pelas instituições bancárias ou até mesmo pelos familiares que tenham sacado a quantia de forma indevida.

O valor corresponde a cerca de R$1 bilhão. Por outro lado, a economia anual ante à cessação de benefícios irregulares poderia chegar a R$ 9,8 bilhões anuais. Com objetivo de evitar a realização de mais pagamentos irregulares, a análise da folha de pagamento acontece de forma automática no próprio instituto.

O órgão salienta que a família e os cartórios civis possuem a responsabilidade de informar ao INSS a morte do titular do benefício para que esse pagamento seja suspenso.

Pente fino do INSS

O pente fino do INSS teve início no ano passado com a revisão de milhões de benefícios. Nesse ano, a previsão é que ele deve ser retomado ainda neste primeiro trimestre.

Com objetivo de economizar 5 bilhões de reais aos cofres públicos, a operação de 2020, terá como foco principal os beneficiários de auxílio doença e, também, os deficientes que recebem benefício de prestação continuada.

O órgão ainda alerta aos beneficiários que, por acaso, tenham que apresentar novos documentos ou comparecer a uma agência do INSS em razão do pente fino serão convocados pelo órgão. Isso será feito por e-mail ou pelos Correios.