Confira seis dicas para tentar acabar com as estrias

A história é sempre a mesma: as fibras elásticas e colágenas que dão sustentação à pele se rompem e as estrias aparecem sem aviso prévio. Comuns a partir da adolescência (dos 14 aos 20 anos), gravidez, quando há o famoso efeito sanfona, em situações em que há um estiramento da pele, ou ainda, quando há o uso de corticoides tópicos, as estrias não podem ser curadas, mas é possível amenizá-las com prevenção e tratamento adequado.

Quatro vezes mais frequentes em mulheres do que em homens, os locais mais comuns em que aparecem no corpo feminino são nádegas, abdome e mamas, e no masculino, na região lombossacra, dorso e parte externa das coxas. “O problema se forma quando existe um estiramento da pele maior do que ela pode suportar. A derme se rompe e forma uma cicatriz”, afirmou a dermatologista Daniela Taniguchi, também professora da Faculdade de Medicina do ABC.

Cura
O dermatologista Jorge Mariz, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e proprietário da Personal Clinic, no Rio de Janeiro, é taxativo ao dizer que a estria não tem cura. “Somente em alguns casos isolados elas podem desaparecer. O que se obtém é a redução do tamanho, proporcionado um melhor resultado estético”, disse.

Mais eficaz
Nas estrias recentes os tratamentos são mais eficazes porque ainda existe vascularização adequada e nutrientes para que a pele possa ser recuperada. Se tratada rapidamente a resposta é bem melhor do que nas antigas, que já possuem uma coloração branca que não pigmenta com o sol. Explica-se: quando esbranquiçadas a inflamação já cessou e iniciou-se a cicatrização, de modo que as estrias antigas (cor clara e aspecto atrófico) têm resposta mais demorada e pior aos procedimentos. “Mas também se consegue reduzir o tamanho utilizando os mesmos tratamentos das estrias recentes”, disse Jorge Mariz.

Laser
É um dos tratamentos mais modernos. Ajuda a diminuir o tamanho das estrias antigas e ameniza o aspecto das recentes. As técnicas mais utilizadas são a Luz Intensa Pulsada, que recentemente vem sendo associada à Radiofrequencia (Triniti) seguida da aplicação de laser fracionado de ação profunda (Matrix IR).

Mesoterapia
A mesoterapia, atualmente classificada como intradermoterapia, consiste na aplicação de substâncias que estimulam a formação de uma nova pele. Para tanto, usam-se ácidos como o glicólico e a vitamina C, mais um mix de substâncias que estimulam o enrijecimento dos tecidos. O ácido provoca estimulação celular. Com isso, o organismo se defende, formando novas células epiteliais e substâncias para preencher a pele fina e sem vida. Essa associação de substâncias é injetada por meio de agulhas finíssimas em toda a extensão das estrias, melhorando a circulação local e aumentando a produção de colágeno. O resultado traz a diminuição da altura e espessura.

Peeling
Pode ser mecânico (dermoabrasão), que faz um lixamento da pele devido à ação abrasiva de um jato de microcristais de óxido de alumínio. O tratamento promove a regeneração celular, resultando no surgimento de uma nova cútis. O peeling químico é utilizado com a aplicação de cremes à base de ácidos retinoico, que aceleram também a renovação celular e atua na formação de colágeno novo. Eles promovem uma leve descamação da pele, estimulando a microcirculação local e levando à formação de novas fibras de colágeno.

Prevenção
Não há fórmula para evitar o surgimento da estria, até porque existe uma tendência genética para o seu aparecimento. Porém, é aconselhável evitar o efeito sanfona, praticar atividades físicas e hidratar diariamente a pele.

Alimentação
A alimentação não é capaz de isoladamente reduzir o tamanho da estria. No entanto, quando ocorre um grande aumento de peso há o fenômeno do estiramento crônico da pele com o aparecimento do problema. “O colágeno é formado por aminoácidos (base das proteínas). Uma dieta pobre em proteínas pode predispor a flacidez e estrias”, disse Daniela Taniguchi.

Receitas caseiras
Fuja de receitas caseiras, como passar azeite na pele. Em casa há muitas substâncias que podem causar danos diretos (irritação química), bem como reações alérgicas e tóxicas. “Busque sempre a orientação de um dermatologista, que tem a formação adequada para abordar o assunto com tecnologias de ponta e honestidade em relação ao sucesso do tratamento”, disse Jorge Mariz.

Fonte: Especial para Terra