Confira as dicas para não ser enganado na Black Friday

Confira as dicas para não ser enganado na Black Friday
Confira as dicas para não ser enganado na Black Friday | © iStock

Confira as dicas para não ser enganado na Black Friday

A chamada Black Friday está de volta nesta sexta-feira, 27 de novembro. E, com ela, a oportunidade para consumidores encontrarem produtos mais baratos e para comerciantes esvaziarem seus estoques, de forma a renovar prateleiras e atender novas demandas de seus clientes.

Muitas das ofertas exaltadas em vitrines de lojas ou telas de computadores parecem ser imperdíveis. De fato, algumas são, mas outras não. Seja por desejo, necessidade ou vontade, o ato de consumir representa uma pequena realização, carregando com ela adrenalina, emoções e, em alguns casos, decepção — o que pode ser evitado, caso o consumidor adote algumas precauções.

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Gato por lebre

Além dos cuidados decorrentes das alterações que a pandemia causou na relação entre cliente e lojista, há também os cuidados de sempre, que os consumidores devem ter para evitar comprar “gato por lebre”.

Entre as dicas do Procon do Distrito Federal está, em primeiro lugar, a de fazer antecipadamente o planejamento do que se pretende comprar, “para não cair em tentação e acabar gastando mais do que pode com ofertas que podem nem ser tão vantajosas”.

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A ideia é comparar os valores praticados, “já que é muito comum nesta época do ano o comércio elevar o valor dos produtos, para depois baixar o preço, simulando um super desconto e criando a sensação de oferta bem vantajosa”.

Outra dica do Instituto de Defesa do Consumidor é observar as políticas de troca e devolução especificadas no ato da compra. Segundo o Procon-DF, o prazo legal para o cliente se arrepender da compra é de 7 dias a contar da assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto ou serviço, “sempre que a contratação ocorrer fora do estabelecimento comercial, no caso de vendas online” .

“É necessário verificar a confiabilidade da marca do produto e da loja que o vende, sendo loja física ou loja virtual. O consumidor pode verificar a reputação da loja junto aos órgãos de defesa do consumidor e na Junta Comercial do seu estado, assim como pesquisar rankings de reputação em sites, como o www.reclameaqui.com.br e pela plataforma consumidor.gov.br”, acrescenta a lista de sugestões elaboradas pelo Procon.

A plataforma consumidor.gov.br foi criada com o intuito de ajudar na solução de conflitos, promovendo gratuitamente a comunicação direta entre consumidores e fornecedores de produtos e serviços via internet. Nela, 80% das demandas têm sido resolvidas e o prazo médio de resposta das empresas participantes é de até 7 dias.

Caso a compra seja feita em uma loja física e o produto não tenha apresentado defeito, é aconselhável que o consumidor verifique qual é a política da empresa, para o caso de troca de produtos. “Há lojas que trocam o produto sem defeito em até 30 dias, por exemplo. Lembrando que a loja não está obrigada a trocar o produto que não tenha defeito”, explica Queiroz.

Dicas para as compras online

Para que a promoção imperdível da black friday não se torne um pesadelo,  o gerente de Segurança da Certisign, Oscar Zuccarelli, sugere aos consumidores uma atenção redobrada aos sites de compras. A principal dica é justamente a  importância de se observar a aparência do site antes de inserir qualquer informação, para saber se a loja virtual é mesmo verdadeira.

“Hoje em dia o que os golpistas têm feito é buscar nome de domínios parecidos com os nomes originais de uma loja virtual, com pequenas variações para que possa confundir o usuário. É preciso ter certeza se aquele certificado digital está associado a um site verdadeiro e, para isso, basta verificar a existência daquele símbolo de cadeado na barra de endereço do site. Esse certificado digital significa que a comunicação estará criptografada e, portanto, protegida em relação aos dados informados”, explica.

Os e-commerces verdadeiros são protegidos por um Certificado Digital SSL, que garante uma navegação segura e a autenticidade do site. Para checar a presença deste protocolo de segurança é preciso também conferir se o HTTP tem um S, portanto HTTPS, e depois clicar no cadeado na barra do navegador para ver se o SSL foi, de fato, emitido para a página em que você está navegando.

O consumidor na internet também deve evitar ao máximo clicar em links recebidos por email ou pelas redes sociais, especialmente aqueles que mostram ofertas que pareçam irrecusáveis, os chamados phishings. “Não clique no link, e digite o endereço do site diretamente na barra de endereços para verificar a autenticidade daquela informação”, acrescenta Zucarelli.

Além dos cuidados com a aparência das lojas virtuais e com anúncios recebido por email, SMS ou redes sociais, o especialista recomenda manter sempre um antivírus instalado e atualizado nos dispositivos usados para navegação, que muitas vezes são capazes de deter tentativas de invasão por parte de golpistas na internet.

Denúncias via Procon

O Procon reforça que está aberto para ajudar a todos consumidores, para casos como o não cumprimento de ofertas; publicidade enganosa; prática abusiva ou qualquer outro desrespeito ao direito do consumidor – algo que, segundo o órgão, pode acontecer até mesmo com os consumidores mais cautelosos, que seguem todas as dicas apresentadas pelos especialistas. As denúncias podem ser apresentadas diretamente aos Procons em seus postos de atendimento localizados em todas unidades federativas.

Fonte: Agência Brasil