Como é o sal do Himalaia verdadeiro? Como saber diferenciar?

Para ter uma chance de aproveitar os benefícios prometidos pelo sal do Himalaia é necessário saber reconhecer o sal do Himalaia verdadeiro.

Você provavelmente já deve ter ouvido falar do sal do Himalaia, aquele salzinho de coloração rosa, como uma das últimas tendências em termos de alimentos saudáveis.

Podem existir muitas versões fajutas do ingrediente para enganar os consumidores, fazendo com que eles percam dinheiro. Alguns aproveitadores de plantão comercializam o sal proveniente dos Andes bolivianos como se fosse o sal do Himalaia.

Depois que conferir como identificar o sal do Himalaia verdadeiro e conhecê-lo melhor no artigo de hoje, aproveite para ser apresentado a uma outra variedade do sal: o sal amargo.

O que é o sal do Himalaia verdadeiro?

O sal do Himalaia é uma espécie de sal-gema oriundo da região de Punjab, no Paquistão, próximo das encostas dos Himalaias. Quimicamente, ele é parecido com o sal de mesa convencional, uma vez que contém um teor de até 98% de cloreto de sódio.

O restante da sua composição corresponde a microelementos minerais como o potássio, o magnésio e o cálcio, que são os responsáveis por conceder ao produto a sua característica coloração rosa e por fazer com que o sal do Himalaia apresente um sabor diferente em relação ao sal de mesa convencional.

Assim como o sal tradicional, o sal do Himalaia pode ser utilizado na culinária para temperar as refeições e preservar os alimentos. Entretanto, há quem use o ingrediente no banho no lugar dos sais de banho. Também é possível encontrar luminárias e castiçais feitos à base de sal do Himalaia.

Mas como diferenciar o sal do Himalaia verdadeiro do fajuto?

Ninguém quer investir um pouquinho mais do orçamento no sal do Himalaia para descobrir mais para a frente que comprou uma versão falsificada do produto, não é mesmo? Por isso, é realmente importante saber diferenciar o sal do Himalaia verdadeiro da sua versão falsa.

Caso o líquido no copo fique com uma tonalidade rosa, isso significa que o produto apresenta corante em sua composição e, portanto, trata-se de uma versão falsificada do sal do Himalaia. Mas essa não é a única maneira de confirmar que o produto fornecido pela loja é realmente autêntico.

O sal do Himalaia precisa apresentar uma coloração que fica entre o rosa claro e o branco/transparente. Quanto mais escuro for o produto, mais impurezas ele contém, o que indica que pode não se tratar de um sal comestível.

O sal do Himalaia não pode ter uma aparência de sujo ou úmido e o ingrediente deve ser lavado e secado em casa antes do uso, para que as sujeiras que são misturadas a ele na extração e no transporte até a fábrica onde o mesmo é processado sejam devidamente removidas.

Para confirmar a autenticidade do produto, existe também a tática de solicitar o certificado de origem do produto, desconfiando caso o comerciante se recuse a mostrar o documento. Outra orientação é pesquisar sobre a empresa fornecedora do sal do Himalaia.

Também vale a pena verificar se a empresa em questão possui laudos técnicos em laboratório do fornecedor do produto em seu país de origem, no caso o Paquistão, e do Brasil.

A lei obriga que todo sal comercializado para a alimentação dentro do nosso país possua um laudo técnico emitido por um laboratório brasileiro e que a ausência desse documento pode indicar que o sal em questão não é apropriado para o consumo.

Outra maneira de ficar seguro em relação ao sal do Himalaia que você está levando para casa é pesquisar se a empresa que fornece o produto recebe visitas técnicas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) periodicamente e se ela possui todas as licenças exigidas pela Anvisa.

Essas verificações acerca da regularidade da empresa fornecedora do sal do Himalaia são especialmente interessantes para quem comprar o produto pela internet, uma vez que nas compras virtuais não é possível avaliar pessoalmente as características do ingrediente ou fazer testes com ele.

As controvérsias a respeito dos benefícios do sal do Himalaia

Você certamente já ouviu falar a respeito dos benefícios do sal do Himalaia, mas será que sabia que parte dessas vantagens são contestadas? Pois é, não podemos ir embora sem deixar de registrar que existem controvérsias em relação à afirmação de que o sal do Himalaia é muito melhor do que o sal de mesa convencional.

Por exemplo, há quem pregue que o sal do Himalaia apresenta até 84 diferentes tipos de microelementos minerais em sua composição.

Entretanto, como o produto pode conter até 98% de cloreto de sódio, isso reservaria somente 2% para esses minerais, como as pessoas geralmente consomem poucas quantidades de sal e o teor desses minerais no produto é pequeno, torna-se improvável que ele ofereça benefícios expressivos para a saúde.

Embora não tenha menos sódio do que o sal de mesa convencional como algumas pessoas acreditam, o sal do Himalaia costuma ter cristais maiores que o sal tradicional, o que demonstra que, tecnicamente, ele possui uma quantidade menor de sal por colher de sopa do que o sal de mesa convencional.

No entanto, existem versões de tamanhos menores, semelhantes ao sal de mesa convencional, do sal do Himalaia. Porém, como o sal do Himalaia possui um sabor mais salgadinho do que o sal tradicional, uma pessoa pode utilizar uma quantidade mais baixa do produto para atingir o mesmo sabor.

De qualquer forma, o recado que fica é que não dá para exagerar no consumo do sal do Himalaia, utilizando quantidades maiores do que a do sal tradicional por achar que ele tem menos sódio, pois esse excesso também poderá contribuir com o acúmulo de sódio no organismo.

Não custa nada lembrar que o excesso de sódio pode provocar problemas de saúde como retenção de líquidos, endurecimento dos vasos sanguíneos, pressão arterial alta, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.

Quando se trata da afirmação que o sal do Himalaia é um sal mais natural do que o sal de mesa convencional, aparentemente, não há muito o que refutar. Isso porque enquanto o sal tradicional é muito refinado e misturado com agentes antiaglomerantes para evitar a aglutinação, o sal do Himalaia é menos artificial e não costuma possuir tantos aditivos.

Porém, o pessoal da publicação advertiu que até então não existem evidências científicas que demonstrem que o sal do Himalaia proporciona mais benefícios para a saúde do que o sal de mesa convencional.

Além disso, ele muito provavelmente contém uma quantidade menor de iodo que o sal tradicional, o que requer o cuidado das pessoas que desejam trocar o sal de mesa convencional pelo sal do Himalaia, mas sofrem com a deficiência ao iodo ou com risco de desenvolver a deficiência ao mineral.

Por Mundo Boa Forma